Pesquisadores

 

1º Líder: Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves-Segundo (USP)

Universidade de São Paulo (USP, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Paulo Roberto Gonçalves-Segundo graduou-se em Letras (Português) pela Universidade de São Paulo (USP), Brasil, onde também completou seu doutorado, defendendo tese intitulada Tradição, dinamicidade e estabilidade nas práticas discursivas: um estudo da negociação intersubjetiva na imprensa paulistana (DOI: 10.11606/T.8.2011.tde-25042012-161141) em 2011. Desde 2013, atua como Professor Doutor Adjunto, em dedicação exclusiva, no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade de São Paulo (USP). Além de ministrar cursos na graduação e na pós-graduação, orientar pesquisas de mestrado e de doutorado e atuar na coordenação de subprojetos de língua portuguesa ora no PIBID, ora no PRP, Paulo Roberto Gonçalves-Segundo lidera o grupo de pesquisa NEAC- Núcleo de Estudos em Análise Crítica do Discurso, é integrante dos grupos ELAD - Estudos de Linguagem, Argumentação e Discurso, SAL - Sistêmica, Ambientes e Linguagens e do GT ANPOLL de Argumentação, é coeditor da Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação e editor-chefe da Revista Linha DÁgua. Atualmente, tem trabalhado em dois projetos de pesquisa: Gramática, cognição e discurso e Projeto DIA - Discurso, Interação e Argumentação em Mídias Digitais. Paulo Roberto Gonçalves Segundo é autor de diversos artigos e capítulos de livro e organizador de livros nas áreas dos Estudos Discursivos, da Linguística Cognitiva, Linguística Sistêmico-Funcional, Semiótica Social e Teoria da Argumentação. De setembro de 2017 a agosto de 2019, foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Filologia e Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo (USP). Entre setembro de 2022 e fevereiro de 2023, atuou como professor visitante na Universidade do Porto, Portugal, com financiamento pelo programa CAPES-PrInt. Atualmente, coordena a Licenciatura em Letras da Universidade de São Paulo (ago. 2023-atual).

1. Projeto DIA - Discurso, Interação e Argumentação em Mídias Digitais

Este projeto congrega pesquisas dedicadas ao estudo de práticas discursivas em mídias digitais. Partindo de uma perspectiva multidisciplinar, que congrega a linguística sistêmico-funcional, a teoria da argumentação e os estudos críticos do discurso, busca-se compreender: (i) o papel da multimodalidade na constituição do discurso digital, tanto em redes sociais quanto em videogames; (ii) o processo de produção, distribuição, consumo e interpretação de textos digitais em função das coerções sociossemióticas, contextuais e computacionais; (iii) a formação e a constituição de controvérsias em ambiente digital, com ênfase na depreensão de argumentários; (iv) o funcionamento de polílogos argumentativos em plataformas digitais, com destaque ao Facebook, ao Twitter, ao Instagram, ao Reddit, ao YouTube e ao 4chan.

2. Gramática, Cognição e Discurso

O objetivo deste projeto é sistematizar as possibilidades de aplicação das operações de perspectivação conceptual, conforme discutidas no âmbito da Linguística Cognitiva, para a análise multimodal (verbal e pictórica) do texto e do discurso, a partir dos pressupostos dos Estudos Críticos do Discurso e da Semiótica Social. Nesse sentido, o núcleo do projeto consiste no desenvolvimento de categorias e de metodologias de análise inovadoras que buscam articular o multimodal, o cognitivo e o discursivo.

 


 

2º Líder: Maria Lúcia da Cunha Victório de Oliveira Andrade (USP)

Universidade de São Paulo (USP, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Possui graduação em Português - Espanhol (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade de São Paulo (1977), mestrado em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990) e doutorado em Lingüística pela Universidade de São Paulo (1995). Fez estágio pós-doutoral, com bolsa FAPESP, na Universitat Pompeu Fabra (Barcelona- Espanha) em Análise Crítica do Discurso, sob a supervisão do professor Dr. Teun A. Van Dijk (2010-2011). Fez estágio pós-doutoral, sem bolsa, na Universitat Pompeu Fabra em Análise Crítica do Discurso, sob a supervisão da professora Dra. Montserrat Ribas-Bisbal (2014-2015). Atualmente é professora assitente doutora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, na área de Filologia e Língua Portuguesa. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: Lingüística de Texto, Análise da Conversação, Análise Crítica do Discurso; Gêneros Textuais da Mídia. De 2006 a 2011 foi coordenadora do Projeto Temático de Equipe - "Projeto Caipira" - aprovado na FAPESP, no subgrupo "Tradições discursivas: constituição e mudança dos gêneros discursivos numa perspectiva diacrônica". Desde 2012 é coordenadora do Projeto Temático de Equipe "Projeto Caipira II" - aprovado na FAPESP, no subgrupo "Gêneros jornalísticos impressos: historicidade, constituição e mudança em uma perspectiva crítico-discursiva".

1. Gêneros jornalísticos impressos - Parte II: historicidade, constituição e mudança numa perspectiva crítico discursiva

Neste projeto, dedicamo-nos ao estudo do percurso histórico dos gêneros jornalísticos com o propósito de buscar, desde as primeiras publicações nos jornais paulistas do século XIX, reconstruir a constituição dos textos inseridos no jornalismo do século XIX ao XXI e identificar as modificações pelas quais os textos passaram, tomando como referência exemplares atuais, estabelecendo, assim, a relação entre diacronia e sincronia. Na perspectiva dos estudos diacrônicos, vários estudos, com distintos enfoques e direcionamentos, têm ganhado notoriedade. Nesse contexto, também estão inseridas es pesquisas que investigam as tradições discursivas e os estudos de linguística crítica. O tema proposto para este estudo está vinculado à Análise Crítica do Discurso, dentro da linha de pesquisa de Estudos do Discurso em Língua Portuguesa do Programa de Pós-Graduação em Filologia e Língua Portuguesa da FFLCH- Universidade de São Paulo, que busca estudar os diferentes gêneros discursivos numa perspectiva crítica. Nesta pesquisa procuraremos estabelecer uma interação entre a História , a Sociologia, o Jornalismo e a Linguística, numa abordagem multidisciplinar dos gêneros do discurso e da linguagem, visando a descrever a configuração linguístico-discursiva e social dos diversos gêneros que compõem a esfera jornalística impressa no estado de São Paulo.

 


 

Prof. Dr. Iran Ferreira de Melo (UFRPE)

Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Doutor em Linguística (USP). Professor de Linguística Queer e Análise Crítica do Discurso (UFRPE/UFPE). Coordenador do Núcleo de Estudos Queer e Decoloniais (NuQueer). Diretor do Centro Latino-Americano de Estudos em Dissidência de Gênero e Linguagem e do Observatório Brasileiro da Linguagem Inclusiva de Gênero. Presidente da Rede Internacional de Pesquisa Científica em Linguagem Inclusiva de Gênero. Organizador do primeiro dossiê científico em Linguística Queer no Brasil, publicado no periódico Cadernos de Linguagem & Sociedade (UNB-2020). Docente do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (Progel-UFRPE) e do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL-UFPE). Pesquisador do Núcleo de Estudos em Análise Crítica do Discurso (NEAC-USP). Coordenador do primeiro simpósio internacional em pesquisas sobre linguagem não-binária de todos os países lusófonos (USP-2022). Professor colaborador da Universidad Nacional de Rosario (Argentina). Pesquisador da Associação Latino-Americana de Estudos do Discurso (ALED) e da Rede Internacional Discurso e Gênero ? Violência e Resistência ? na Associação de Estudos sobre Discurso e Sociedade (EDiSo). Pesquisador da Gerência de Educação Inclusiva e Direitos Humanos (GEIDH) ? Unidade de Educação para as Relações de Gênero e Sexualidades (UNERGS) ? da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco. Foi diretor-fundador da Comissão de Diversidade, Inclusão e Igualdade da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN-2020/2021). Atua como consultor especialista em Escrita e Educação Inclusiva de Gênero em diferentes instituições do Brasil. E-mail: iranmelo@hotmail.com

1. Deixe a minha língua lamber o que quiser. Linguagem disruptiva de gênero no Brasil.

Esta pesquisa se ocupa de investigar evocações de linguagem disruptiva de gênero na língua portuguesa do Brasil, que são manifestações anti-heteronormativas para designação e tratamento de pessoas, por meio de (1) disrupção formal de enunciação binária de gênero ? marcações desinenciais não-convencionais, como o feminino disruptivo não-individual (sujeita, quilomba, atriz social, corpa...) ? ou de enunciação não-binária de gênero ? marcações desinenciais não-convencionais das novas engenharias morfossintáticas (usos como tod@s, todxs, todes, tod_s; dos chamados sistemas ilu e elu, entre outros); e de (2) disrupção não-formal, pelo feminino genérico e pelo simulacro discursivo (a exemplo da ressignificação de termos como ?bixa?, ?sapatão?, ?vadia? e ?queer?). Este trabalho encontra abrigo praxeológico nos estudos críticos do discurso (CHOULIARAKI & FAIRCLOUGH, 1999; FAIRCLOUGH, 2003), mas também em estudos queer (NASCIMENTO et al, 2021; VIDARTE, 2020, BUTLER, 2003, MISKOLCI, 2015) e em pesquisas sobre designação de gênero na língua portuguesa (ARAÚJO, 2019; SCHWINDT, 2020). Meus objetivos são identificar manifestações recorrentes de linguagem disruptiva de gênero na língua portuguesa do Brasil, compreender como essas manifestações respondem às demandas de indivíduos dissidentes de gênero e como elas são absorvidas pelo currículo escolar. Tomo como hipóteses para o primeiro objetivo as seguintes possibilidades: (1) há múltiplas expressões de linguagem disruptiva, em diferentes níveis da língua, atravessadas por fatores dialetais e socioletais; (2) todas essas expressões são passíveis de inteligibilidade dentro de ordens de discurso específicas que, em menor ou maior grau, alteram práticas discursivas convencionais. Para o segundo objetivo, hipotetiso que: (1) a análise da linguagem disruptiva revela alto grau de reflexividade por parte de seus e suas falantes e esta reflexividade carrega uma agência de enunciação sem abdicar do reconhecimento de certa precariedade dos corpos dos sujeitos para poderem se afirmar, isto é, não se trata de um movimento de passagem da vulnerabilidade para o orgulho, mas de uma ação do discurso que engendra a autoafirmação pela via da experiência de uma assunção da vulnerabilidade; (2) esse movimento só ganha reconhecimento por meio do exercício de aliança, isto é, num trabalho de performatividade das assembleias; (3) o impacto desses modos de uso da linguagem opera muito mais no campo pragmático do que no semântico, não nos permitindo falar de uma dimensão máxima de ressemantização nesses casos, pois seu efeito recai mais na produção de novas relações entre os sujeitos do que de novos significados. Já para o terceiro objetivo, tomo como hipótese o apagamento curricular de uma didatização afirmativa sobre os modos disruptivos de gênero, além de uma pedagogia de silenciamento desses modos e, consequentemente, das identidades que os pleiteiam. As perguntas-condutoras desta pesquisa são três: (1) Quais os modos recorrentes de linguagem disruptiva de gênero na língua portuguesa do Brasil? (2) Como essas manifestações discursivas respondem às demandas de indivíduos dissidentes de gênero? (3) Como a escola apresenta esses modos de disrupção?.

 


 

Profa. Dra. Kelly Cristina de Oliveira (IFSP)

Instituto Federal de São Paulo (IFSP, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Doutora em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo-USP, FFLCH, e pela University of Birmingham - UK, Center for Advanced Research in English (CARE), (2009-2010) - fomentado pela CAPES/PDEE, programa sanduíche. Mestre em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo-USP (2004-2007). Graduada em Letras - Tradutor/Inglês pelo Centro Universitário Capital (1997-2000). Realizou estágio Pós-doutoral na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG - fomentado pela CAPES-PNPD (2015-2016). Tem experiência na área de Letras, no ensino de Língua Inglesa e Língua Portuguesa, com ênfase em Texto e Discurso, atuando principalmente nos seguintes temas: Análise Crítica do Discurso, diacronia, jornal paulistano e gêneros de discurso. Fez parte do Projeto Temático: Projeto de História do Português Paulista (Projeto Caipira), PHPP 2 - Capes, no subgrupo: Gêneros jornalísticos impressos: historicidade, constituição e mudança em uma perspectiva crítico-discursiva. Integra o grupo de pesquisadores do NEAC - USP (Núcleo de Estudos em Análise Crítica do Discurso). Faz parte do EPED - USP Encontro de Pós graduandos em Estudos Discursivos da USP nas edições VIII, IX e X. Atualmente, é professora efetiva do IFSP - Campus Bragança Paulista.

 


 

Profa. Dra. Lucimar Regina Santana Rodrigues (F. Flamingo)

Faculdade Flamengo (F.Flamingo, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Lucimar Regina Santana Rodrigues - Doutora em Língua Portuguesa - Programa de Filologia e Língua Portuguesa - USP - Mestre em Língua Portuguesa - Programa de Filologia e Língua Portuguesa ? USP - Especialista em Língua Portuguesa ? Oswaldo Cruz - Graduada em Letras Português-Inglês ? Universidade São Marcos - Cursando Pedagogia para graduados - Uninove - Consultora de Comunicação e de Imagem - Ministra cursos e treinamentos de Comunicação Empresarial e Ética Profissional - Professora Universitária das disciplinas de Graduação: Comunicação Empresarial, Português Instrumental e Metodologia do Trabalho Científico, TPOE, Educação e Inclusão, Educação não Escolar, Prática de Ensino e de Gestão, Transversalidade, Metodologia da Língua Portuguesa, Estrutura e Funcionamento do Ensino na Educação Básica, Literatura Infantil; Filosofia da Educação; Fundamentos da Alfabetização; Administração e Gestão Escolar; Didática, Gestão e Organização Escolar, Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa, Redes Sociais, Distúrbios de Aprendizagem, Jogos e brincadeiras inclusivas, Andragogia. Pós-graduação Lato Sensu: Psicopedagogia na Aquisição da Linguagem, Metodologia do Trabalho Científico, Didática do Ensino Superior, Metodologias Ativas. Cursos Presenciais e EAD.

 


 

Prof. Dr. Fábio Fernando Lima (PUC-Rio)

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Possui Bacharelado e Licenciatura Plena em Letras pela Universidade de São Paulo (2001), Mestrado em Estudos Linguísticos pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2004), Doutorado (2009) e Pós-Doutorado (2013) em Letras (área de concentração: Filologia e Língua Portuguesa) pela Universidade de São Paulo. Participa como pesquisador do projeto temáticos "História do Português Brasileiro", além de ser membro do Grupo de Pesquisa "Narrativa e Interação Social" (NAVIS - PUC-Rio) e do "Núcleo de Estudos em Análise Crítica do Discurso da USP" (NEAC-USP). Recentemente, foi Professor Colaborador e bolsista do Programa Nacional de Pós-Doutorado da CAPES (PNPD/CAPES) na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde atuou junto ao curso de "Graduação em Letras" e ao "Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem" (2017-2022). Atualmente, é bolsista de Pós-Doutorado Sênior no mesmo Programa de Pós-Graduação, com bolsa FAPERJ.

1.Narrativas brasileiras nos (des)caminhos da polarização política contemporânea

Partindo da forte polarização que marca o contexto político do Brasil contemporâneo, o objetivo mais geral desta pesquisa é o de contribuir para o entendimento dos discursos atrelados a essa realidade e de suas raízes mais profundas, à luz do quadro teórico oferecido pela Análise da Narrativa e dos estudos acerca do pensamento político brasileiro empreendidos por autores como Christian Edward Cyrill Lynch, Luiz Werneck Vianna e Nelson Werneck Sodré. De uma maneira mais particular, procuraremos analisar os grandes sistemas de coerência (Cf. LINDE, 1993) e, por conseguinte, os valores morais e ideológicos que norteiam as narrativas colocadas em circulação pelas campanhas dos dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas de opinião mais recentes, Luís Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro, nos veículos midiáticos mais variados. Na sequência, buscaremos compará-los aos sistemas de coerência que norteiam outras narrativas, geradas por esta pesquisa com eleitores dos dois candidatos, advindos de diferentes grupos e estratos sociais (dos mais altos aos mais baixos), inclusive os mais estigmatizados e minoritários, procurando observar se, ao narrar experiências diversas, relacionadas ou não com o contexto político, esses eleitores performam aspectos atinentes aos mesmos grandes discursos e valores ideológicos colocados em circulação pelas campanhas dos candidatos aos quais declaram seu voto, se há diferenças significativas entre os resultados advindos dos diferentes grupos sob análise e se os mesmos tomam parte no grande embate discursivo e ideológico que marca a política brasileira contemporânea ou não ? e, neste último caso, caberá, como resultado desta pesquisa, apontar quais seriam os outros fundamentos que podem estar em questão para a opção por determinada candidatura, à luz de uma reinterpretação dos resultados guiada pelos estudos acerca do pensamento político brasileiro.

2. Gêneros jornalísticos impressos - Parte II: historicidade, constituição e mudança numa perspectiva crítico discursiva

Neste projeto, dedicamo-nos ao estudo do percurso histórico dos gêneros jornalísticos com o propósito de buscar, desde as primeiras publicações nos jornais paulistas do século XIX, reconstruir a constituição dos textos inseridos no jornalismo do século XIX ao XXI e identificar as modificações pelas quais os textos passaram, tomando como referência exemplares atuais, estabelecendo, assim, a relação entre diacronia e sincronia. Na perspectiva dos estudos diacrônicos, vários estudos, com distintos enfoques e direcionamentos, têm ganhado notoriedade. Nesse contexto, também estão inseridas es pesquisas que investigam as tradições discursivas e os estudos de linguística crítica. O tema proposto para este estudo está vinculado à Análise Crítica do Discurso, dentro da linha de pesquisa de Estudos do Discurso em Língua Portuguesa do Programa de Pós-Graduação em Filologia e Língua Portuguesa da FFLCH- Universidade de São Paulo, que busca estudar os diferentes gêneros discursivos numa perspectiva crítica. Nesta pesquisa procuraremos estabelecer uma interação entre a História , a Sociologia, o Jornalismo e a Linguística, numa abordagem multidisciplinar dos gêneros do discurso e da linguagem, visando a descrever a configuração linguístico-discursiva e social dos diversos gêneros que compõem a esfera jornalística impressa no estado de São Paulo.

 


 

Prof. Dr. Alvaro Magalhães Pereira da Silva (UFPB)

Universidade Federal da Paraíba (UFPB, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Doutor em Letras - Filologia e Língua Portuguesa pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) (concluído em 2023). Mestre em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) (concluído em 2016). Licenciado em Letras Português/Inglês pela Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL) (concluído em 2021). Bacharel em Comunicação Social, com ênfase em Jornalismo, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) (concluído em 2006). Atualmente realiza estágio pós-doutoral na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sendo um dos responsáveis por ministrar disciplina no Programa de Pós-Graduação em Linguística da mesma universidade (PROLING-UFPB). Foi professor substituto no Instituto Federal de São Paulo - Campus Caraguatatuba (IFSP-CARAGUATATUBA), na área de Letras Português/Inglês e atuou como professor visitante no SENAC-SP na área de Comunicação - Jornalismo. Pesquisa polifonia e dialogismo, posicionamento enunciativo, responsabilidade enunciativa e semântica de conflitos tomando como corpus preferencialmente enunciados dos campos político e midiático.

 


 

Prof. Dr. Fernando Leite Morais (Catavento)

Catavento Cultural e Educacional (CATAVENTO, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Possui graduação em Letras pela Universidade Camilo Castelo Branco, Filosofia e Ciências Sociais pela Universidade Metropolitana de Santos, Pós-Graduação Lato Senso em Língua Portuguesa pela Universidade Cidade de São Paulo e Mestrado e Doutorado em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi pesquisador do grupo de pesquisa Discursos na Mídia Escrita (DiME) da PUC-SP. Atualmente, realiza estágio pós-doutoral sob supervisão da Profa. Dra. Maria Lúcia da Cunha Victório de Oliveira Andrade, no Programa de Pós-Graduação em Filologia e Língua Portuguesa, da Universidade de São Paulo (FLP-USP). Tem experiência na área de Língua Portuguesa, com ênfase em Lingüística, Sociolinguística, Análise da Conversação e Discurso.

 


 

Profa. Dra. Denise Durante (FATEC)

Faculdade de Tecnologia (FATEC, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Professora Doutora em Filologia e Língua Portuguesa pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). É Mestre em Língua e Literatura Italiana por essa mesma universidade, onde também graduou-se em Letras com Habilitação em Língua Italiana e Língua Portuguesa. Realizou Pós-doutorado em Filologia e Língua Portuguesa na FFLCH/USP, em que desenvolveu pesquisa sobre os conceitos de oralidade e escrita. Atua como professora do curso de Letras junto à Universidade Paulista desde 2009. A partir de 2022, atua como docente da Faculdade de Tecnologia Baixada Santista Rubens Lara (FATEC). Dedica-se ao estudo das relações entre oralidade e escrita, bem como à pesquisa sobre a argumentação e a análise textual-discursiva. É membro do Grupo de Pesquisa NEAC-USP Núcleo de Estudos em Análise Crítica do Discurso e do Encontros Interculturais na EaD: Narrativas de Vidas dos Diferentes Brasis, da UNIP. Foi líder do Grupo de Pesquisa Tecnologia, Comunicação e Mercado (TECOM / Universidade Paulista). É sócia da Associação Brasileira de Professores de italiano (ABPI). Participa do projeto de extensão universitária "Projeto Nova Era - Melhor Idade" e é professora de língua inglesa e língua italiana no Centro de Línguas da FATEC Baixada Santista "Rubens Lara".

1. Tecnologia, comunicação e mercado

Objetivo geral do projeto é contribuir com a pesquisa científica relacionada ao surgimento das chamadas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), que ocasionaram alterações na produção audiovisual da propaganda e nas estratégias de marketing. Com o processo de inovação tecnológica, as linguagens verbal e não-verbal do discurso propagandístico vêm necessitando se adaptar às diferentes novas mídias. Por consequência, intensifica-se a importância da descrição e da análise sobre o impacto desse panorama de inovação. Sendo assim, o objetivo geral dos trabalhos desenvolvidos é a realização de estudos que contribuam para a compreensão sobre os impactos das novas tecnologias incidentes nos âmbitos da produção e da recepção dos discursos da propaganda e do marketing. Adotam-se, nos trabalhos do grupo, o método indutivo e as pesquisas exploratória e descritiva, o que envolve a utilização de pesquisa bibliográfica e levantamentos por amostragem, bem como a interpretação dos dados com base nas pesquisas quantitativa e qualitativa. As pesquisas se fundamentam em autores como Levy (1999), Castells (1999), Jenkins (2009) e Santaella (2007), entre outros, que abordam a comunicação e as novas tecnologias.

 


 

Profa. Dra. Paula de Souza Gonçalves Morasco (IFSP)

Instituto Federal de São Paulo (IFSP, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Possui graduação em Letras/inglês/francês (PIBIC/CNPq, 2003-2005 e FAPESP, 2005), mestrado (CAPES, 2008) e doutorado (CNPq, 2012) em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - (Estágio sanduíche - CAPES - na Université Denis Diderot - Paris VII). Atua nas áreas de linguística e língua portuguesa nos seguintes segmentos: enunciação, semântica, análise crítica do discurso, linguística do texto. Cursou pós-doutorado na FFLCH/USP (FAPESP 2012/194160) sob a supervisão da professora Maria Lúcia da Cunha Victório de Oliveira Andrade no campo da Análise Crítica do Discurso (ACD) com o trabalho inserido no Projeto Temático de Equipe "Projeto Caipira II" - "Gêneros jornalísticos impressos: historicidade, constituição e mudança em uma perspectiva crítico-discursiva". Atualmente, é professora de Português e Inglês no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo.

 


 

Prof. Dr. Milton Francisco da Silva (UFAC)

Universidade Federal do Acre (UFAC, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

1. Discurso, referenciação e poder

Hoje, identifica-se na escrita e leitura em geral uma inter-relação variada de conceitos ?particulares?, por exemplo, ao Círculo de Bakhtin, à Análise Crítica do Discurso e à Linguística Textual. Buscamos analisar essa inter-relação em textos jornalísticos diversos, atentando para as vozes recontextualizadas, as representações sociais (re)construídas, a referenciação e o possível poder do enunciador e atores sociais diversos, referidos ou não. Ao cabo, nos preocupamos com os efeitos sociais de cada texto/discurso.

 


 

Prof. Dr. Frederico Rios Cury dos Santos (UFMG)

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Pós-doutorando em Linguística do Texto e do Discurso (UFMG, CNPq). Doutor em Relações Internacionais (USP, Capes) e em Linguística do Texto e do Discurso (UFMG), mestre em Relações Internacionais (PUC Minas), especialista em Estudos Diplomáticos (CEDIN), bacharel em Direito (UFMG) e em Filosofia (UFMG), licenciado em Letras (UCB). Já realizou estágios de pesquisa na Sorbonne (com bolsa Capes) e na Sciences Po Paris. Desempenhou trabalhos humanitários junto ao Programa Polos de Cidadania, da UFMG, com bolsa da Fundação Guimarães Rosa. É membro da Sociedade Brasileira de Retórica, da Associação Latino-Americana de Retórica, da Organização Ibero-Americana de Retórica, da Associação Latino-Americana de Estudos do Discurso, da Associação de Pesquisadores Brasileiros na França, entre outras. Atua como pesquisador no Grupo Retórica e Argumentação, da UFMG e no Núcleo de Estudos em Análise Crítica do Discurso (NEAC), da USP, ambos cadastrados no CNPq. Atualmente, debruça-se sobre discursos políticos, midiáticos e diplomáticos, especialmente em temas ligados a identidade, retórica das guerras culturais e do choque de civilizações, por meio de textos verbais e/ou visuais. É autor dos livros "Cinema, Discurso e Relações Internacionais: perspectivas teóricas e princípios de análise" e "A Retórica da Guerra Cultural e o Parlamento Brasileiro: a argumentação no impeachment de Dilma Rousseff". Como experiência de docência, trabalhou como monitor da disciplina "Teorias do Discurso", na graduação da USP; foi professor convidado na graduação da UFMG, lecionando a disciplina "Introdução à Pesquisa Científica"; e trabalhou no Cefet-MG como professor voluntário de português para migrantes.

 


 

Profa. Dra. Fabiane de Oliveira Alves (UFABC)

Universidade Federal do ABC (UFABC, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Doutora em Letras, pelo Programa de Filologia e Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo, na linha de pesquisa "Estudos do Discurso em Língua Portuguesa", sob orientação da Profª Drª Maria Lúcia da Cunha Victório de Oliveira Andrade. Mestra em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), sob orientação do Profº Drº Hudinilson Urbano; atualmente é Técnica em Assuntos Educacionais - na área de Letras - na Universidade Federal do ABC (UFABC), ocupando a função de chefe da Divisão dos Conselhos Superiores. Na mesma universidade foi professora do curso de Língua Portuguesa para estrangeiros, tendo sido coordenadora pedagógica no ano de 2016. Também atua, de forma independente, como revisora e preparadora de textos.

 


 

Profa. Dra. Cibélia Renata da Silva Pires

Universidade de São Paulo (USP, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Doutora e mestre pelo programa de Filologia e Língua Portuguesa, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). Possui bacharelado e licenciatura em Letras pela mesma universidade. Tem experiência docente no ensino superior nos cursos de graduação em Comunicação Social, atuando como professora de língua portuguesa (gramatica e producao textual). Tem experiência como revisora de textos e também nas areas de produção textual, análise textual-discursiva e gramática. É pesquisadora no grupo de pesquisa NEAC (Núcleo de Estudos de Análise Critica do Discurso), vinculado ao Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade de Sao Paulo. Tem interesse em pesquisa e estudos que versem sobre Teorias do texto e do discurso, gramática do Português Brasileiro, Filologia e edição de manuscritos do século XIX, Análise Crítica do Discurso, Dialetologia e Linguística Histórica.

 


 

Prof. Dr. Tércio de Abreu Paparoto

Universidade de São Paulo (USP, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Tércio de Abreu Paparoto é graduado em Letras/Linguística pela Universidade de São Paulo - USP. Titulou-se mestre e doutor na área de Estudos Comparados de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela mesma universidade. Completou, também, estágio de pós-doutorado em Linguística (2016), especificamente no programa de Pós-Graduação em Letras Clássicas e Vernáculas - área de Filologia e Língua Portuguesa, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo - USP, tendo sido membro do NEAC-USP/CNPq - Núcleo de Estudos sobre Análise Crítica do Discurso (ACD). Foi professor-pesquisador na Faculdade Anhanguera de Osasco (SP), onde ministrou várias disciplinas nas carreiras de Pedagogia, Letras, Administração, Gestão Hospitalar, Jornalismo, Turismo, entre outras, bem como em cursos de Pós-Graduação (E.A.D./Presencial), MBA/Lato Sensu, também desenvolvendo pesquisas na área de Comunicação e Mídias, com bolsa da Funadesp (Fundação Nacional para o Desenvolvimento do Ensino Superior Particular), entre 2012-2013, trabalhando com o tema "Mídias Sociais: tendências e desafios da comunicação em rede", publicando alguns artigos sobre o tema. Foi também professor-doutor na UNIESP/FACIG- Faculdade de Ciências e Tecnologia de Guarulhos-SP, de agosto de 2012 a janeiro de 2015, onde atuou em cursos de Administração de Empresas e Ciências Contábeis, coordenando também o curso de Pedagogia, tendo sido membro do Conselho de Ética de Pesquisa (membro do CONEP-Plataforma Brasil) nessa instituição. Ocupou o cargo de professor Doutor de Pós-Graduação no Centro Universitário SENAC-SP/Campus Santo Amaro, ministrando diversas disciplinas em ambiente EAD para o curso de Gestão Cultural (2014-2016). É membro-pesquisador do INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estudos interdisciplinares da Comunicação. É parecerista de artigos e textos acadêmicos para publicações no padrão A1 - QUALIS-CAPES, servindo a Universidade de São Paulo (USP) e a algumas revistas especializadas nas áreas de Letras/Linguística. É escritor e poeta, tendo publicado capítulos de natureza acadêmica, inclusive em publicações estrangeiras, bem como cinco livros de poesia e um em prosa (romance), quatro pela Editora Scortecci (SP), e um pela Editora Giostri, também da capital paulista, todos eles devidamente registrados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, com os respectivos ISBNs. Tem seu romance "Café Amargo" (1993) catalogado na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos da América - Libray Of Congress/USA e na Biblioteca da University of Illinois at Urbana Champaign (USA), conforme http://www.wordcat.org. É autor, também, do livro "A lição de coisas de António Cardoso: uma poética para além da prisão - O verso e o reverso nas vozes de África", sendo ele resultado de uma compilação, ampliada e atualizada, de sua tese de doutoramento, ora publicada pela Editora Novas Edições Acadêmicas, cuja sede fica na Alemanha, trabalho este devidamente catalogado na "Deutsche National Bibliothek - Katalog der Deutschen National Bibliothek, e presente/disponível em vários sites estrangeiros, tais como os da própria Alemanha, Argentina, Chile, China, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Japão, México, Portugal, Suécia, Turquia, entre outros. Em setembro de 2019, pela mesma editora e sob as mesmas condições, publicou "A escrita engajada no jornalismo lusófono: uma análise de perfis discursivos de escritores africanos no período colonial (séculos XIX e XX)", uma compilação, ampliada e adaptada, do produto de sua pesquisa de pós-doutoramento. Em 2020 completou um curso de extensão em ESCRITA CRIATIVA - O TEXTO POÉTICO, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS. Completou, também, em setembro de 2021, o curso de extensão sobre Literatura Moderna Universal - HUM12.2x: Modern Masterpieces of World Literature, na Harvard University/USA.

 


 

Prof. Dr. Hardarik Gerhard Jürgen Blühdorn (IDS - Mannheim)

Leibniz-Institut für Deutsche Sprache (IDS - Mannheim, Alemanha) 
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Bio e projetos de pesquisa

Possui graduação em Lingüística Germânica pela Universitat Erlangen-Nurnberg (Friedrich-Alexander)(1986), graduação em Filologia Ibero Românica pela Universitat Erlangen-Nurnberg (Friedrich-Alexander)(1994), mestrado em Lingüística Germânica pela Universitat Erlangen-Nurnberg (Friedrich-Alexander)(1988), mestrado em Lingüística Germânica pela Universitat Erlangen-Nurnberg (Friedrich-Alexander)(1988) e doutorado em Lingüística Germânica pela Universitat Erlangen-Nurnberg (Friedrich-Alexander)(1991). Atuando principalmente nos seguintes temas:linguagem e realidade, função cognitiva da linguagem, informação espacial.

 


 

Profa. Dra. Ana Carolina de Souza Ferreira (Objetivo)

Colégio Objetivo Integrado (Objetivo, Brasil) 
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Bio e projetos de pesquisa

Doutora pelo Programa de Filologia e Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo (USP). O projeto, o qual foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), enquadrou-se nas áreas da Análise Crítica do Discurso e da Crítica Textual e teve como objeto a censura inquisitorial sobre a obra de Gil Vicente. Durante a graduação, cursou período sanduíche na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), e concluiu duas iniciações científicas, uma delas também fomentada pela (Fapesp), nas áreas de Crítica Textual e de Lexicologia, cujo objeto foi a peça "Auto da Barca do inferno" de Gil Vicente. Atualmente, faz parte do NEAC - USP Núcleo de Estudos em Análise Crítica do Discurso, do(a) Universidade de São Paulo, trabalha como professora de língua portuguesa no ensino básico e desenvolve novo projeto de pesquisa de Mestrado nas áreas da Argumentação, da Lógica Informal e do Ensino de Argumentação.

1. Formação para professores de argumentação pré-vestibular: dos conceitos às sequências didáticas.

O objetivo deste projeto de mestrado é desenvolver um curso de formação para professores que trabalham com argumentação, em especial, voltada para sua aplicação em redação de certos vestibulares brasileiros. Esse projeto constitui-se, então, em dois eixos: um formativo e um prático. No primeiro, haverá exposição da base teórica considerada relevante para aplicação ao contexto do vestibular, dos modelos argumentativos pedidos e da constituição de provas de redação e de suas grades de correção. No segundo, proporemos, a partir das bases metodológicas, formas de elaboração de sequências didáticas adaptáveis ao contexto do pré-vestibular, ou seja, formas de aplicar o que foi apreendido pelo eixo formativo. Nesse sentido, pautamo-nos, a princípio, na Lógica Informal (WALTON,2006; TOULMIN,2006,1994; GONÇALVES-SEGUNDO,2018,2017,2016), por poder ser adequada aos padrões e objetivos argumentativos das provas de vestibular; no Critical Thinking (van GELDER, 2005; BAILIN, CASE et.all, 1999), por um dos seus propósitos ser o ensino da chamada Argumentação Crítica; e nos estudos sobre ensino de argumentação (AZEVEDO, 2016; LEITÃO,2012), sequências didáticas (DOLZ, NOVERRAZ, SCHNEUWLY, 2004), e Metodologias Ativas (BACICH E MORAN, 2018; ALCANTARA, 2020), por disporem aparatos para elaboração das aulas em questão. Para cumprir tais objetivos e aplicar tais leituras, serão utilizadas e analisadas cartilhas compostas por redações dos candidatos com aprovação no vestibular; propostas e editais de vestibulares passados (em especial dos últimos 3 anos); manuais de correção quando disponibilizados pelas instituições responsáveis pela prova; entre outros que possam vir a ser utilizados à guisa de comparações ? como outros gêneros que se aproximam do modelo do vestibular tais quais editoriais e artigos de opinião ? ou, ainda, enquanto objeto de análise da didática ? como vídeos ou postagens de redes sociais voltados para esse modelo de redação.